Qualquer curso que vamos fazer exige de nós dedicação de tempo e dinheiro, fora as aulas em si tem os estudos e trabalhos. Então, na hora de escolher onde investir nosso tempo e dinheiro temos que levar muito em conta qual a nossa expectativa nesse investimento.
Grande parte das pessoas fazem cursos de especialização, pós e MBAs buscando um aprendizado específico, seja na sua área de trabalho atual ou na área de trabalho que deseja atuar, porém, muitas outras fazem não pelo aprendizado em si, mas pelo network que vão criar, e outros ainda fazem apenas pensando no CV, que isso vai ajudar em uma recolocação ou promoção.
Se você busca aprendizado de fato, vai se debruçar sobre o tema e fazer valer o investimento, ótimo. Se você vai pelo network, ótimo também, mas se você vai pensando apenas em agregar linhas ao seu CV, afirmo com toda a certeza que será tempo e dinheiro jogados fora.
É extremamente comum encontrar CVs com diversos cursos e especializações e “inglês intermediário”. Até hoje nunca vi um candidato ser barrado ou preterido em um processo seletivo por falta de cursos, mas por falta de inglês, vejo TODOS os dias. Veja que estou falando aqui de uma maneira ampla. Se sua área de atuação for extremamente técnica, que precise dominar um tema que poucos dominam, que precise de um conhecimento bem específico, claro que cursos terão um peso muito maior, e talvez até determinantes.
Uma vez falei com uma candidata que tinha inglês intermediário (mas não topou falar comigo), e que estava estudando japonês e mandarim. Perguntei a ela o porque de estar investindo nessas línguas e a resposta foi “ouvi falar de um coach que esse negócio de inglês já é algo batido, que muito em breve a língua que vamos precisar falar é o mandarim”. Veja a confusão que essa candidata fez com essa informação. Quando se diz que o inglês não é mais diferencial, assume-se que todos falam inglês, e que portanto, não diferencia mais, porém, se você ainda não fala inglês não faz sentido algum investir em outros idiomas antes. Pode ser que em situações muito específicas o mandarim seja mais importante, mas em 99% dos casos o que vai te barrar em termos de idiomas é o inglês. O espanhol já vem sendo muito pedido também. O Brasil acaba sendo o headquarter da América Latina para muitas empresas, então para assumir uma posição regional em qualquer área dessas empresas precisa falar inglês e espanhol.
A mensagem que gostaria de deixar aqui é, se você busca fazer um curso pensando em aumentar o seu CV e teoricamente as chances de se destacar em processos seletivos, mas ainda não fala inglês, não perca seu tempo. Afirmo com toda a certeza que o que vai fazer você pelo menos chegar a participar dos processos seletivos não será o curso e sim o inglês.
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